CIFOR-ICRAF aborda desafios e oportunidades locais ao mesmo tempo em que oferece soluções para problemas globais para florestas, paisagens, pessoas e o planeta.

Fornecemos evidências e soluções acionáveis ​​para transformer a forma como a terra é usada e como os alimentos são produzidos: conservando e restaurando ecossistemas, respondendo ao clima global, desnutrição, biodiversidade e crises de desertificação. Em suma, melhorar a vida das pessoas.

O CIFOR-ICRAF publica mais de 750 publicações todos os anos sobre agrossilvicultura, florestas e mudanças climáticas, restauração de paisagens, direitos, política florestal e muito mais – em vários idiomas..

CIFOR-ICRAF aborda desafios e oportunidades locais ao mesmo tempo em que oferece soluções para problemas globais para florestas, paisagens, pessoas e o planeta.

Fornecemos evidências e soluções acionáveis ​​para transformer a forma como a terra é usada e como os alimentos são produzidos: conservando e restaurando ecossistemas, respondendo ao clima global, desnutrição, biodiversidade e crises de desertificação. Em suma, melhorar a vida das pessoas.

CIFOR–ICRAF publishes over 750 publications every year on agroforestry, forests and climate change, landscape restoration, rights, forest policy and much more – in multiple languages.

CIFOR–ICRAF addresses local challenges and opportunities while providing solutions to global problems for forests, landscapes, people and the planet.

We deliver actionable evidence and solutions to transform how land is used and how food is produced: conserving and restoring ecosystems, responding to the global climate, malnutrition, biodiversity and desertification crises. In short, improving people’s lives.

CIFOR-ICRAF implanta unidades demonstrativas no Brasil

O diálogo com agricultores, capacitação, planejamento e plantio leva cerca de um ano até a vitrine de agrofloresta estar implantada.

As Unidades Demonstrativas (UDs) são uma forma de demonstrar o processo de implantação de agroflorestas. Esse processo envolve diálogo e construção conjunta entre as famílias que se propõem a implantar uma unidade em suas terras e os técnicos do CIFOR-ICRAF Brasil.

A Unidade Demonstrativa tem um conjunto de objetivos. É exemplo de uma situação atingível, demonstra os princípios da agroecologia, pode ser utilizada para capacitação e é uma referência para expansão dos Sistemas Agroflorestais (SAFs).

No estado do Pará, no Brasil, o CIFOR-ICRAF implantou 14 UDs pelo projeto SAF Dendê, o que equivale a 30 hectares. Pelo projeto Acelerador de Agroflorestas e Restauração já são oito Unidades Demonstrativas implantadas na região Nordeste do estado, com perspectiva de aumento desse número. Essas UDs têm, em média, de um a dois hectares.

Processo
Segundo Jimi Amaral, coordenador de Transição Agroecológica do CIFOR-ICRAF Brasil, o processo de implantação de uma Unidade Demonstrativa é contínuo e dura cerca de um ano para completar todas suas etapas.

“A implantação de uma UD envolve tanto a pesquisa como o diálogo com as famílias de agricultores para o co-desenho do arranjo do sistema agroflorestal para o contexto daquela área, o que é baseado nos anseios e objetivos das famílias, assim como o trabalho em campo”, afirma.

Em um primeiro momento são levantados dados secundários e de contexto da área ou região com dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para identificar se há áreas degradadas, aptidões agrícolas da região e usos do solo. A partir disso, são definidos municípios e regiões onde trabalhar. Começa, então, a fase de consulta com instituições e comunidades. Em seguida são identificadas famílias interessadas, suas aspirações e as condições biofísicas da área. Logo se inicia o diálogo para o co-desenho do arranjo com base no conhecimento híbrido entre técnico/a e famílias de agricultores para o espaço pré-determinado, balizando as aspirações das famílias e do CIFOR-ICRAF com base no contexto.

“A definição do arranjo leva em conta as plantas, a densidade dessas plantas, espécies anuais e outras com menor ciclo, e as posições dessas espécies no espaço pré-determinado para a agrofloresta e no tempo. Fazemos uma análise financeira do potencial daquele arranjo e apresentamos às famílias e só aí partimos para a implantação”, explica Jimi Amaral.

Todo o planejamento com as famílias, incluindo a aquisição de insumos e mudas, deve ser anterior à janela de plantio, ou seja, antes do início das chuvas que ocorrem entre novembro e dezembro.

A etapa de implantação também é conjunta, envolvendo o trabalho da família e a assistência técnica do CIFOR-ICRAF. O monitoramento do desempenho da UD é contínuo, com coleta de dados para fazer a análise financeira depois da implantação.

Para identificar famílias interessadas em implantar uma unidade demonstrativa de agrofloresta, o CIFOR-ICRAF Brasil conta com o apoio de instituições locais como secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente, associações, cooperativas e sindicatos de trabalhadores rurais.

“O apoio das instituições locais é muito importante tanto para a informação e mobilização dos parceiros e recursos locais, como para identificar o potencial das comunidades”, afirma Jimi Amaral.

Pesquisa
A implantação de unidades demonstrativas é também uma oportunidade para a pesquisa. Como explica Jimi Amaral, os Sistemas Agroflorestais são muito dinâmicos e trabalham com a complexidade da vida, ou seja, com diversas possibilidades de arranjos e manejos.

A agroecologia é a ciência base da pesquisa nas UDs e trabalha com multi-fatores sendo comprometida com a transformação da forma de pensar e fazer agricultura, em que a produção de alimentos é realizada com a intensificação de práticas de manejo ecológico do solo e outros princípios e práticas que visam a melhoria de vida das famílias do ponto de vista social, político, ambiental e econômico.

“Nas Unidades Demonstrativas conseguimos fazer a coleta de dados e contar também com a contribuição das famílias nessa coleta. Um dos elementos de pesquisa é a análise financeira, monitorando e avaliando o desempenho desses sistemas”, explica Amaral.

“Estamos trabalhando também com a análise de juquira (vegetação que nasce em áreas abandonadas que antes eram campos de plantio e pastos) para entender a transição da vegetação que tinha na área para a composição que vai vir com a adoção dos sistemas agroflorestais. A dinâmica do carbono, quanto tinha antes da intervenção e quanto terá depois, também é importante para a pesquisa. Trabalhamos com a pesquisa no desenvolvimento, ou seja, promovemos a ação e pesquisamos os resultados a partir dessa ação”, conclui o coordenador de Transição Agroecológica do CIFOR-ICRAF Brasil.